O mapeamento envolveu: levantamento e aquisição de dados; análises de documentos cartográficos, imagens de satélite, textuais e estatísticas; definição das unidades de cobertura e uso da terra; mapeamento do uso da terra; levantamento de campo; análise da tipologia da agricultura; e resultados cartográficos e analíticos.

As classes de cobertura e uso da terra foram definidas apoiando-se no Manual Técnico da Cobertura e Uso da Terra (IBGE, 2013) e Mapeamento da Dinâmica da Cobertura e Uso da Terra (SEPLAN, 2012), e Mapeamento das Regiões Fitoecológicas e Inventário Florestal do Estado do Tocantins (SEPLAN, 2013)

O mapeamento foi baseado na utilização de imagens de satélites Plêiades (resolução espacial de 0,5 metros, ano 2015) e atualizadas pelas imagens Landsat 8 (fusão de imagens com resolução de 15 m, ano 2016). As imagens Plêiades foram disponibilizadas pela Seplan, e as imagens Landsat 8 foram adquiridas no sítio do INPE. No processamento digital, as imagens Landsat 8 foram mosaicadas banda a banda, realçadas por realce linear e submetidas ao realce IHS para a fusão das bandas de 30 e 15 metros. A imagem fusão colorida (com 15 metros de resolução espacial) foi recortada segundo a divisão da Carta Internacional ao Milionésimo em escala 1:50.000, gerando uma imagem composição colorida com área equivalente a cada carta. Cada uma das imagens recortadas foi submetida aos processos de segmentação e classificação de imagens. Na segmentação utilizou-se o crescimento de regiões com valores de similaridade e de área de pixel, respectivamente, de 20 e 289 para um mapeamento na escala de 1:50.000. Em seguida, realizou-se a classificação de imagens, coletando amostras para cada uma das unidades de cobertura da terra, aplicando-se logo na sequência a própria classificação com classificador Bhattacharya e limiar de 95%. Esta etapa foi realizada no sistema de informações geográficas Spring, sendo finalizada com um mapa temático para cada uma das cartas. Os arquivos foram exportados do Spring para o ArcGIS onde inicia-se o trabalho de revisão/interpretação visual das imagens. Para a identificação dos objetos contidos na imagem, empregaram-se técnicas de realce de imagens e de interpretação visual de imagens de satélite (Método das Chaves), apoiando-se nas fases de fotoleitura, fotoanálise e fotointerpretação, e levando em conta os elementos de reconhecimento: cor, tonalidade de cinza, forma e textura, padrão, e localização geográfica (VENEZIANI; ANJOS, 1982) Realizaram-se duas etapas de trabalho de campo, nos meses de setembro e de ovembro de 2017, com itinerários planejados para a verificação do padrão de respostas das unidades mapeadas nas imagens de satélite Plêiades/Landsat. Nesse reconhecimento foram usados recursos tecnológicos como navegação em tempo real com GPS acoplado à notebook com o sistema de informação geográfica ArcGIS exibindo os planos de cobertura e uso da terra, e as imagens de satélite para a caraterização das unidades. Ao todo foram realizados 298 pontos de campo. Foram gerados planos de informação de cobertura e uso da terra por cartas, por faixas e para a região como um todo, nas escalas 1:50.000 e 1:100.000.