O mapeamento das áreas suscetíveis à escassez hídrica na RSE-TO foi estabelecido por meio de uma escala de valores (21 classes de 1.0 a 3.0), usando a metodologia de Crepani et al. (2001). Foi realizada uma classificação do grau de estabilidade ou vulnerabilidade de cada variável ambiental, segundo as relações entre os processos térmicos e hídricos.

O mapeamento das áreas suscetíveis à escassez hídrica foi realizada por meio da análise integrada dos mapas das variáveis climáticas, em ambiente ArcGIS. As variáveis climáticas temperatura média do ar, precipitação pluvial, umidade relativa e evapotranspiração de referência foram submetidas à análise por álgebra de mapas (operações zonais e/ou pontuais).

O plano de informação de unidades de paisagens fora definido com a união das UBC´s com o plano de informação de cobertura e uso da terra do ano atualizado. Os polígonos gerados são considerados unidades preliminares, recebem codificação (letras e números) e após análise de similaridade das unidades são soldados ou não dependendo das condições de vizinhança. Esta fase encerra a delimitação das unidades de paisagens baseados na geologia-relevo-solo+clima+cobertura e uso da terra. Estas unidades de paisagem, se equivalem as unidades territoriais básicas usadas em trabalhos de zoneamento ecológico-econômico conforme Crepani et al. (2001). Dessa forma todas as unidades de paisagem se encontram caracterizadas em termos dos atributos de geologia, solos, clima, vegetação e uso da terra, e hierarquizadas conforme a compartimentação de domínios, regiões, setores e unidades do Zoneamento Agroecológico do Tocantins

Com as unidades de paisagens mapeadas, parte-se para a caracterização de cada uma delas pelas variáveis/temas constantes no Quadro 13 (variáveis obtidas nos diagnósticos físico, biótico, hidroclimático e socioeconômico).

A geração da carta de potencialidade de escassez hídrica da RSE-TO se dá por meio de um processo com seis etapas: (i) mapeamento e caracterização das unidades básicas de compartimentação (UBCs); (ii) identificação das unidades geologia-relevo-solo (sistemas ambientais); (iii) hierarquização das unidades geologia-relevo-solo; (iv) mapeamento das unidades de paisagem; (v) caracterização das unidades de paisagem; e (vi) geração da carta de potencialidade de escassez hídrica.

Na tabela de atributos do plano de unidades (ambiente ArcGIS) criam-se seis campos correspondentes as variáveis/temas destacadas em amarelo no Quadro 13. Em cada um dos campos, as unidades são classificadas com os mesmos atributos dos temas destacados em amarelo, usando a sobreposição dos planos de informação (unidades de paisagem / tema). Os quatro temas destacados em verde foram sendo inseridos na tabela de atributos do plano de unidades durante as etapas anteriores.

Por fim, busca-se a geração da carta de potencialidade à escassez hídrica (PEH) por meio de uma análise geográfica, usando os princípios da álgebra de mapas. Em um primeiro momento, cada tema é analisado em termos de potencial de favorecimento a escassez hídrica, e em seguida para cada classe do tema atribui-se uma nota conforme a decisão tomada. A nota varia de 1 a 5 (números inteiros) para cada classe, conforme: 1 = Muito baixo; 2 = Baixo, 3 = Moderado, 4 = Alto e 5 = Muito alto.