Gerado no âmbito do Estudo da Dinâmica da Cobertura e Uso da Terra do Estado do Tocantins 1990/2000/2005/2007. Atividade do Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Tocantins.

O objetivo do trabalho foi avaliar a dinâmica espacial do território tocantinense no período 1990-2007, através da identificação e quantificação de diferentes tipos de cobertura e uso da terra dos anos de 1990, 2000, 2005 e 2007 em escala 1:100.000 por meio de imagens orbitais TM/Landsat, trabalhos de campo, da geração da dinâmica da cobertura e uso da terra, e da análise integrada de dados geográficos com apoio de variáveis socioeconômicas. As informações geradas no trabalho visam subsidiar o Poder Público no planejamento e ordenamento do uso das paisagens, tanto em termos de conservação e proteção ambiental, quanto de expansão e consolidação das atividades produtivas, especialmente agropecuárias; apoiar a avaliação de impactos socioeconômicos e ambientais; e servir como referencial para delineamento de estratégias e políticas públicas nos setores de transporte, agropecuária, fundiário, e ambiental, dentre outros.

Coordenado pela Secretaria do Planejamento – SEPLAN / Superintendência de Planejamento e Gestão Central de Políticas Públicas / Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico - DZE.

Elaborado por Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda por meio do contrato nº 144/2007, firmado com a Secretaria do Planejamento com interveniência da Secretaria da Infra-Estrutura, no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Regional Sustentável, macrocomponente Consolidação do Sistema de Proteção Ambiental e Gestão Territorial, financiado com recursos do Tesouro do Estado do Tocantins e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (contrato de empréstimo nº 7.080-BR).

Para o desenvolvimento do trabalho Estudo da Dinâmica da Cobertura e Uso da Terra do Estado do Tocantins foram utilizados diversos processos em três grandes etapas de execução: (i) levantamento de variáveis socioeconômicas; (ii) dinâmica da cobertura e uso da terra; (iii) diagnóstico socioeconômico e da dinâmica da cobertura e uso da terra.

Na etapa de execução do levantamento das variáveis socioeconômicas foram elaborados: ia) diagnóstico socioeconômico das microrregiões do estado; ib) caracterização das oito microrregiões que compõem o estado do Tocantins.

Na etapa de execução da dinâmica da cobertura e uso da terra foram elaborados: iia) mapeamento da cobertura e uso da terra em escala 100.000 em quatro períodos - 1990, 2000, 2005 e 2007, totalizando 1.110.483,656 km2; iib) geoprocessamento e quantificação em unidade de área dos mapas de dinâmica; iic) compilação das informações quantitativas para análises e o cálculo do modelo econométrico em nível de microrregião e estado; iid) realização de três campanhas de campo no estado, em 60 dias de levantamento, percorrendo 23.000 km por via terrestre e 3.200 km de sobrevôo.

Na etapa de execução do diagnóstico socioeconômico e da dinâmica da cobertura e uso da terra foram elaborados: iiia) integração entre os dados espaciais da dinâmica e os dados socioeconômicos a partir de modelagem estatística; iiib) caracterização das oito microrregiões que compõem o estado; iiic) caracterização histórica dos padrões de mudança de uso e cobertura da terra; análise das mudanças no uso da terra em nível de áreas de proteção ambiental, terras indígenas, bacias hidrográficas; resultados em nível estadual e conclusões.

A metodologia de mapeamento fundamentou-se em uma combinação de técnicas automáticas de classificação e interpretação visual de imagens de satélite, com apoio de informações coletadas em campo. Concluído a etapa de mapeamento, obtiveram-se os mapas de dinâmica a partir de técnicas de geoprocessamento em quatro períodos de análise: 1990-2000, 1990-2005, 2000-2005, e 2005-2007, bem como o período total de 1990 e 2007. A etapa da geração do mapa de dinâmica necessitou do agrupamento de classes para que o mapa representasse, a priori, as mudanças de cobertura e uso da terra nos períodos supracitados. Na seqüência, houve a análise da dinâmica do uso da terra embasada na integração dos dados do mapeamento com modelos econométricos.

A definição das classes de cobertura e uso da terra foi embasada nos documentos: Manual técnico da vegetação brasileira [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1992. 92 p. (Manuais Técnicos em Geociências, n. 1)]; Manual Técnico de Uso da Terra [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2006. Manual técnico de uso da terra. 2ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. 95 p. (Manuais Técnicos em Geociências, n. 7)]; e na classificação das Fitofisionomias do Bioma Cerrado [RIBEIRO, J.F.; WALTER, B.M. Fitosionominas do Bioma Cerrado. In: S. M.

Sano, S. P. Almeida (eds.). Cerrado: Ambiente e Flora. Planaltina: Embrapa/CPAC, 1998. Pp. 89-166.].

Foram mapeadas as seguintes unidades de cobertura e uso da terra: (1) Floresta Ombrófila Densa Submontana, (2) Floresta Ombrófila Densa Aluvial, (3) Floresta Ombrófila Aberta Submontana, (4) Floresta Ombrófila Aberta Aluvial, (5) Floresta Estacional Semidecidual Submontana, (6) Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, (7) Floresta Estacional Decidual Submontana, (8) Mata de Galeria/Mata Ciliar, (9) Mata Seca, (10) Cerradão, (11) Cerrado Sentido Restrito, (12) Parque de Cerrado, (13) Palmeiral, (14) Vereda, (15) Campo, (16) Campo Rupestre, (17) Área Urbanizada, (18) Área de Mineração, (19) Capoeira, (20) Cultura Temporária, (21) Cultura Permanente, (22) Agropecuária, (23) Reflorestamento, (24) Praia e Duna, e (25) Corpos D’Água.