Dado geoespacial vetorial temático vinculado à Base Cartográfica Digital Contínua do Estado do Tocantins. Integra a Base de Dados Geográficos do Estado do Tocantins.

Vinculado à Base Cartográfica Digital Contínua do Estado do Tocantins, gerada no escopo do Projeto Geo-Tocantins, o qual objetivou subsidiar a elaboração do Sistema de Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais, gerido pelo Instituto Natureza do Tocantins (NATURATINS), bem como a instrumentalização da gestão territorial no Estado, de responsabilidade da então Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (SEPLAN).

A Base Cartográfica Digital Contínua do Estado do Tocantins, integra dados geoespaciais sistemáticos e temáticos. Dentre os dados temáticos, foram gerados vetores/classes de mapeamento da cobertura vegetal e uso da terra do ano de 2002 do Estado do Tocantins, bem como do desmatamento de 2002, também denominado “Marco Zero do Desmatamento”.

O mapeamento das áreas desmatadas no ano de 2003, denominada “Marco Um do Desmatamento”, e a geração da dinâmica do desmatamento do período 2002-2003 foram executados para atualizar e complementar a base de dados implementada no âmbito do Projeto Geo-Tocantins, em suporte ao controle, monitoramento e licenciamento ambiental no Estado.

Os objetivos específicos do trabalho foram: (a) gerar mosaico digital de imagens de satélite Landsat 5/TM do ano de 2003 para todo o Estado do Tocantins com resoluções de 30m; (b) fornecer os arquivos digitais de imagens Landsat/TM do ano de 2003 nas projeções UTM e geográfica, recortados do mosaico digital correspondentes as 127 cartas topográficas na escala 1:100.000, as 30 cartas topográficas na escala 1:250.000, e aos 139 municípios do Tocantins; (c) mapear a cobertura da terra/desmatamento na escala 1:100.000, a partir da interpretação de imagens de satélite Landsat 5/TM de 2003, e gerar a dinâmica do desmatamento para o período 2002-2003; (d) confeccionar cartas-imagem do desmatamento do Estado do Tocantins (1:1.000.000), dos municípios (1:100.000) e das cartas topográficas (1:100.000 e 1:250.000); (e) elaborar relatório técnico final.

Coordenado pelo Instituto Natureza do Tocantins - NATURATINS / Diretoria de Desenvolvimento Sustentável – DDS.

Elaborado por Senografia Sensoriamento Remoto Ltda. por meio do Contrato nº 002/2004, no âmbito do Projeto de Licenciamento Ambiental da Propriedade Rural - LAPR, com apoio técnico-institucional da Secretaria de Coordenação da Amazônia - SCA do Ministério do Meio Ambiente - MMA, por meio do Projeto de Gestão Ambiental Integrada, no âmbito do Subprograma de Políticas de Recursos Naturais – SPRN do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG-7.

O levantamento do desmatamento de 2003 foi precedido de elaboração de base cartográfica de imagens, por meio do processamento digital de imagens, através da coleção, correção e mosaico de 19 cenas de imagens do satélite Landsat 5 TM, período 2003. As atividades desta etapa foram aquisição das imagens, pré-processamento; georreferenciamento das imagens de satélite; tratamento de imagens; equalização de histogramas entre as imagens; geração do mosaico; aplicação de máscara, recortes para interpretação e produtos finais, exportação para o formato geotiff.

A legenda das classes de uso da terra foi definida com base na classificação da cobertura vegetal nativa especificada e identificada no mapeamento da cobertura vegetal e uso da terra de 2002 – formações florestais tropicais, formações florestais de cerrado, formações savânicas, e formações campestres.

O trabalho utilizou informações dos pontos de campo coletadas no Projeto Geo-Tocantins/Base Cartográfica Digital Contínua do Tocantins para o mapeamento da cobertura vegetal e uso da terra de 2002. Adicionalmente, utilizou-se das referencias bibliográficas utilizadas neste trabalho - Anderson et al. (1979), manuais técnicos de uso da terra (IBGE, 1999) e da vegetação brasileira (IBGE, 1992), classificação das fitofisionomias do bioma Cerrado de Ribeiro e Walter (1998) e de vegetação potencial (Seplan, 1999, 2000).

A interpretação das imagens de satélite do ano de 2003 foi apoiada nos vetores das classes de cobertura e uso da terra do ano de 2002. Os polígonos do mapeamento de cobertura e uso da terra de 2002 foram auxiliares na identificação das áreas potencialmente desmatada; no entanto, a verificação final foi feita utilizando-se as imagens de 2002 e 2003, para uma comparação física entre as duas datas.

Após o término da interpretação e conclusão do trabalho sobre o desmatamento de 2003 (Marco Um), utilizou-se ainda todo o mapeamento do desmatamento de 2002 (Marco Zero), para certificação de que não houve áreas sobrepostas entre os levantamentos de desmatamento de ambos os períodos.

Sequencialmente, em sistema de informação geográfica, realizaram os cruzamentos entre as informações vetoriais das áreas antropizadas nos anos de 2002 e 2003. A partir deste cruzamento foi quantificada a área desmatada segundo as principais tipologias de vegetação nativa e por municípios. A dinâmica do desmatamento (ou desmatamento acumulado) entre os anos de 2002 e 2003 consiste em uma análise realizada pela agregação de áreas desmatadas entre os dois períodos, baseado na diferença entre as quantidades de desmatamento.